O economista Mansueto Facundo de Almeida Júnior foi indicado para permanecer no cargo de Secretário do Tesouro Nacional, que ocupa desde abril de 2018. A informação é da Agência Brasil e foi confirmada na tarde da última quinta-feira, 15.
O especialista em Finanças Públicas é graduado em Economia pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e nasceu na capital cearense, em 1967. Ele chegou ao Governo Federal com o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e a nomeação de Henrique Meirelles (MDB) como ministro da Fazenda.
Paulo Guedes, futuro "superministro" da Economia de Jair Bolsonaro, já elogiou publicamente o trabalho de Mansueto, por quem tem "ótima impressão" em virtude ao seu "espírito público e conhecimento técnico". Para ele, o setor público brasileiro dispõe de um quadro de profissionais capazes de fazer as reformas que o País precisa para retomar o crescimento da economia, que ainda sofre os efeitos da crise.
Mansueto é técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Foi coordenador-geral de Política Monetária e Financeira na Secretaria de Política Econômica no Ministério da Fazenda, entre 1995 e 1997; assessor da Comissão de Desenvolvimento Regional e de Turismo do Senado Federal, de 2005 a 2006. De 2014 a 2016 foi consultor privado.
Em entrevista à Agência Brasil, o professor de economia do Insper Otto Nogami disse que a decisão de manter Mansueto na secretaria do Tesouro Nacional é uma sinalização de continuidade e que a nova equipe deverá adotar medidas menos intervencionistas do que a anterior.
No início do mês, Mansueto elogiou a equipe à Agência e disse que estão comprometidos em, por exemplo, alterar as regras da Previdência. “Eu acho que o governo novo está muito comprometido em aprovar a reforma da Previdência. Tenho muitos amigos aí, funcionários públicos muito competentes, uma equipe muito comprometida com o ajuste fiscal, que quer fazer avaliação de gasto público, que quer fazer o ajuste fiscal cortando a despesa, não com (elevação da) carga tributária”, disse o secretário do Tesouro.
Além disso, o secretário afirmou que "agora é um ótimo momento para investir no Brasil". Isto por conta das perspectivas do País para os próximos anos, sobretudo com aprovação de reformas fiscais, com destaque para a relativa à Previdência Social, e privatizações de estatais, bem como de avanço de projetos de infraestrutura.
Almeida acredita que a aprovação pelo Congresso do projeto que tornará o Banco Central independente será "um passo importante" para o fortalecimento das instituições públicas no Brasil. "Contudo, hoje o BC já tem total independência e dispõe de uma direção excelente."
O economista é o primeiro cearense escalado para ocupar cargo no futuro governo de Jair Bolsonaro. Paulo Guedes já indicou outros dois para ocupar os chamados Cargos Especiais de Transição Governamental. O especialista em Energia, Luciano Irineu de Castro Filho, natural de Fortaleza, e o economista Waldery Rodrigues Júnior, de Missão Velha, estão entres os 27 nomes publicados no Diário Oficial da União, mas ainda sem confirmação.
Fonte: O povo
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