Jair Bolsonaro retorna a Brasília na terça-feira para acertar os últimos nomes de ministros
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL-RJ) pretende anunciar todo o ministério do futuro governo até a próxima sexta-feira. Nomes para Pastas importantes, como as da área de infraestrutura, ainda estão abertas.
"Os nomes que aparecem têm que estudar. Espero até o final do mês estar resolvida essa questão dos ministérios".
Ele disse que procura pessoas independentes, isentas, honestas e que pensem no Brasil, "e não em agremiações partidárias". O presidente eleito irá a Brasília amanhã (27), onde ficará até quarta, em agenda ainda não definida. "A política não é matemática".
Congresso
Bolsonaro mandou um recado ao Congresso ao abordar votações importantes de sua gestão. "As votações importantes não são para o presidente, nem para o Parlamento. São para o Brasil. Vai da consciência de cada um. O que nós decidimos desde que comecei minha campanha, há quatro anos, é que faria uma política diferente. Se vai dar certo, espero que sim. Mas fazer a mesma política vai dar errado".
O presidente comentou o adiamento da cirurgia que retirará a bolsa de colostomia usada por ele desde que sofreu um atentado à faca em Juiz de Fora, em setembro. O procedimento só deve ocorrer no dia 20 de janeiro. "Estou chateado, mas não posso forçar a barra. Se fizer a cirurgia hoje poderia ter que refazer a colostomia", lamentou.
Bolsonaro foi, ontem, à Escola de Educação Física do Exército, na Urca, no Rio, onde participou do 10° Encontro do Calção Preto, que reúne antigos e atuais comandantes, professores e alunos.
Médicos
Ontem, Bolsonaro rejeitou a proposta de criar uma espécie de Revalida para médicos formados no Brasil. A ideia foi dada por seu futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), em entrevista.
Segundo o presidente, a ideia do futuro ministro pode ter consequências parecidas com as do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), obrigatório para que bacharéis em Direito possam atuar como advogados. A prova tem índices altos de reprovação. "Sou contra Revalida para médicos brasileiros, está ok? Ele (Mandetta) está sugerindo um Revalida até com uma certa periodicidade. Sou contra porque vai desaguar na mesma situação que acontece com a OAB. Nós não podemos formar jovens no Brasil, cinco anos no caso da advocacia, e depois submetê-los a serem boys de luxo nos escritórios de advocacia", disse.
Já Mandetta defendeu a avaliação de médicos brasileiros e disse que o governo deveria encaminhar uma proposta ao Congresso sobre o tema. "A gente tem que ir para a certificação das faculdades e ter um nível mínimo de formação dos nossos profissionais. Inclusive, se o médico brasileiro é formado nos EUA, na Bolívia, na Argentina ou na Coreia do Sul, ele faz a mesma prova. Eu não tenho por que cobrar conhecimento diferente do médico brasileiro e do de fora", disse o futuro ministro.
Fonte: Diário do Nordeste
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